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sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Salvador que restaura


Por Erick Solera

      O capítulo 8 de João nos conta uma de minhas histórias favoritas da Bíblia. Nele, alguns mestres da Lei e fariseus trouxeram a Jesus uma mulher apanhada em adultério. E perguntaram a Jesus o que deveriam fazer com ela, colocando-o dessa forma em uma situação difícil: se ele dissesse para apedrejá-la, ele estaria contra Roma, afinal a pena de morte fora banida pelos romanos quando estes conquistaram a Palestina; e se ele dissesse para não apedrejá-la, ele estaria contra a Lei de Moisés, que dizia que o casal pego em adultério deveria ser apedrejado pelo povo.

      Estes homens pensaram que dessa vez Jesus não teria escapatória e continuaram a lhe fazer a mesma pergunta insistentemente, mas Cristo numa atitude nobre e que eles não esperavam, lhes disse “Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!”. Então ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo, e um por um dos acusadores, começando pelos mais velhos, foram embora. Quando se levantou, Jesus não viu mais ninguém ali diante dele, somente a mulher, e então ele a perguntou “Mulher, onde estão seus acusadores? Não sobrou nenhum?”. Ela lhe respondeu “Nenhum, senhor”. Então Jesus, demonstrando o porquê viera ao Mundo, a disse “Pois eu também não condeno você. Vá e não peques mais!”.

      Que História! Gostaria de chamar a atenção do leitor não para a atitude cruel dos fariseus e mestres da Lei, mas para a atitude de Cristo: Os fariseus colocaram a mulher em foco para acusá-la, mas Jesus a colocou em foco para restaurá-la e perdoá-la. O interesse maior de Jesus nunca foram os ritos ou práticas religiosas, mas sim o levantamento dos pecadores.

      Assim como ofereceu àquela mulher, Jesus Cristo nos concede ainda hoje a oportunidade de uma nova vida. A mulher havia caído, mas ela pôde refazer a vida e teve a oportunidade de “começar de novo”. Esta é uma das doutrinas mais fantásticas do Cristianismo: o cristão não tem passado. Miqueias 7:19 diz que Deus joga nossos pecados nas profundezas do mar onde ninguém jamais poderá chegar. O que nós fomos ou fizemos, ficou cravado na Cruz e Cristo já perdoou. A cada dia, a vida e as oportunidades são novas.


      Esta é a maravilha da vida com Cristo! Ele nos estende a mão e diz “Eu não condeno você. Vá e não peques mais!”. Nele, nós encontramos a possibilidade de refazer a vida: uma vida de perdão, rumo, provisão e aceitação por Deus. Os homens acusavam a mulher, mas Jesus a aceitou e a restaurou. Ele é o Salvador que aceita!
   
O Agir de Deus em nossas vidas


  “Ó Senhor Deus, eu te louvo porque me socorreste. Senhor, meu Deus, eu gritei pedindo ajuda e tu me curaste, tu me salvaste da morte. A sua ira dura só um momento, mas a sua bondade é para a vida toda. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Tu mudaste o meu choro em dança alegre, afastaste de mim a tristeza e me cercaste de alegria. Por isso, não ficarei calado, mas cantarei louvores a ti. Senhor, tu és meu Deus; eu te darei graças para sempre.” - Salmo 30:1-12 (De Davi).


     Neste Salmo, podemos perceber a gratidão do salmista pelo livramento dado pelo Senhor diante da dificuldade. Não temos como afirmar com certeza qual foi esta dificuldade, mas podemos inferir que era uma enfermidade que quase o levou a morte. No entanto, independentemente de qual seja a natureza de nossa dificuldade, assim com fez a Davi, o Senhor muitas vezes nos permite passar por provações para que amadureçamos e experimentemos o Seu poder em nossas vidas. “A minha Graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco.” - II Coríntios 11:9. 

      É importante ressaltar que o autor não está querendo defender uma vida de inconstância e “altos e baixos”. O seu objetivo é enfatizar a ideia de que por maior que seja a dificuldade, ela é passageira e não pode ser comparada com o favor de Deus manifesto por meio de Sua Graça Eterna. A compreensão da atuação de Deus em nossa vida transforma a tristeza em alegria e a dor em gratidão.


      Qual o momento em que você está passando? Quais são suas reais necessidades?  A vida não nos poupa, mas nos traz oportunidades. Como fora dito pelo apóstolo Paulo “Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.” - Filipenses 4:12-13.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

“Nunca ninguém falou como este homem!” – João 7:46


Por Erick Solera


      No capítulo sete do Evangelho de João, chefes dos sacerdotes e fariseus mandaram que alguns guardas prendessem a Jesus, mas estes voltaram de mão abanando. Os fariseus lhes perguntaram por que eles não haviam trazido Jesus, e os guardas disseram “Não pudemos. Nunca ninguém falou como este homem!” – vers 46. Que fantástico! As palavras de Jesus têm um poder tão grande que elas são capazes de impactar até o mais endurecido coração. Os guardas romanos, que eram pessoas totalmente acostumadas a enfrentar rebeliões, motins, assassinos enfurecidos e ladrões violentos, renderam-se ao maior Vulto da História. 

      Jesus Cristo é incomparável e o Nome sobre todo nome. Ele mudou e dividiu a História em antes e depois dele. Ele é o nome pelo qual o maior número de vidas foram e estão sendo transformadas; e mesmo quase dois mil anos após a sua morte, pessoas que andavam sem perspectiva alguma de vida, ao conhecerem-no, passaram a viver uma vida realizada e cheia de significado. Ele é o nome que inspira o nosso viver e no qual podemos depositar a nossa esperança.

     Nunca ninguém falou como este homem - palavras ditas com tanto amor e certeza - e além disto, nunca ninguém foi ou será como ele! Ele pagou pelos nossos pecados e morreu na cruz em nosso lugar e em nosso favor. Somente Jesus Cristo é capaz de reatar nosso relacionamento com Deus. Vale a pena crer neste tal homem! Ele é digno de nossa confiança.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Confiar é melhor do que se queixar


Por Erick Solera


Somente Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, continuaram fiéis ao Senhor." - Números 32:12

      Confiança – é isto o que Josué e Calebe tinham. Eles eram jovens fortes com uma confiança inabalável em Deus. Josué e Calebe eram dois dos doze homens que Moisés enviou para espionar a terra de Canaã. Deus tinha prometido dar Canaã aos israelitas, e Moisés queria, antes de chegar lá, saber como era aquela terra.

      Quando os doze espiões voltaram, dez deles disseram apavorados, a Moisés que a terra era rica e fértil, mas cheia de gigantes. Esses dez homens tentaram desencorajar os israelitas a irem até Canaã. Eles estavam assustados. Porém Calebe disse: “Vamos atacar agora e conquistar a terra deles. Nós somos fortes e vamos conseguir!” - Números 13:30. Os dez homens inventaram uma porção de razões pelas quais eles não poderiam entrar na terra dos gigantes, e todos os israelitas ficaram aborrecidos com isto e começaram a reclamar. Josué então se uniu a Calebe e disse ao povo: “A terra que fomos espionar é uma terra boa e rica. Porém não sejam rebeldes contra o Senhor e não tenham medo do povo daquela terra. Nós os venceremos com facilidade. O Senhor está com agente e derrotou os deuses que os protegiam. Portanto, não tenham medo.” - Números 14:7-9

      Josué e Calebe sabiam, sem dúvida nenhuma, que Deus tinha prometido Canaã aos israelitas. Eles sabiam que quando Deus faz uma promessa, Ele a cumpre. Eles sabiam que Deus era muito maior que todos os gigantes em Canaã e que Deus abriria caminho para eles – mesmo que a situação fosse a mais amedrontadora.

      É preciso confiança em Deus para vencer na vida. É preciso conhecer as suas promessas e acreditar nelas mesmo quando parece que você está diante de gigantes. Josué e Calebe confiavam tanto que tiveram coragem de falar enquanto os outros dez homens duvidaram da liderança de Deus. E já que eles confiaram no poder de Deus ao invés de se queixarem e duvidarem, eles foram os únicos israelitas daquela geração que entraram em Canaã. Vale a pena confiar no poder e na provisão de Deus, Ele nunca desaponta aqueles que confiam nEle!

domingo, 6 de maio de 2012

Enfrentando os golpes da vida

Por Erick Solera


      O capítulo 5 do livro de Marcos, narra a história de duas mulheres. A primeira tinha apenas 12 anos e estava em sua casa prestes a morrer. Seu pai, que se chamava Jairo e era chefe da sinagoga (de um grupo que perseguia Jesus), jogou-se aos pés de Jesus pedindo com muita insistência que ele curasse sua filha. Jesus partiu com este homem e uma grande multidão foi junto com eles. No caminho, eis que surge a segunda mulher de nossa história. Não se sabe a sua idade, mas há 12 anos ela sofria uma hemorragia e já havia gastado tudo o que tinha tratando-se com muitos médicos. Ela havia ouvido falar sobre Jesus e os milagres que ele realizara e numa tentativa desesperada ela entrou no meio da multidão, e chegando por trás dele, tocou em sua capa. Logo, o sangue parou de escorrer e ela ficou curada. Jesus perguntou em voz alta “Quem tocou na minha capa?”. E ninguém soube respondê-lo. Então a mulher, tremendo de medo, atirou-se aos pés de Jesus e contou tudo. E Jesus solenemente a disse “Minha filha, você está curada porque teve fé. Vá em paz, você está livre do seu sofrimento.” Enquanto ele ainda estava falando, alguns funcionários de Jairo chegaram com a notícia de que a menina estava morta. Mas Jesus não se importou com a notícia e disse para Jairo não temer, mas ter fé. Quando finalmente chegaram na casa, Jesus entrou e encontrou a menina morta no quarto; pegou-a pela mão e disse para ela levantar-se. No mesmo instante a menina levantou-se e começou a andar. E todos ficaram admirados!
        
      Esta fascinante história nos mostra a Grandeza do maior vulto da História. Jesus não faz acepção de pessoas; poderia fazer pouco caso sobre o pedido de Jairo, afinal ele era chefe de um grupo opositor a Jesus; mas deixando ritos e rivalidades de lado, Ele atendeu o clamor de um necessitado. Poderia irar-se com a mulher que tocou em sua capa sem a sua autorização, mas tomado de compaixão, ofereceu-a perdão.
  
      Além de mostrar a grandeza de Jesus, a história nos mostra também que os golpes da vida são universais e não escolhem idades. Uma menina de 12 anos e uma mulher já madura que sofria há 12; as dores vêm sobre todas as faixas etárias. Você já foi golpeado pela sua vida e certamente será de novo. Se você está sofrendo, não pense que foi abandonado por Deus, isto faz parte da vida...
  
      E mais importante que isto, ela nos mostra que os golpes da vida são resolvidos por apenas uma pessoa: Jesus Cristo, ninguém mais. A mulher já havia procurado a ajuda de muitas pessoas e nada havia adiantado. No meio do sofrimento, Ele aparece e nos oferece a sua Graça. Neste caso, a mulher foi curada e a menina foi ressuscitada, mas nem sempre Ele age assim; no entanto, uma coisa é certa: Ele sabe o que faz! O sofrimento é onde Deus nos quebranta, e nele o cristão possui a presença fantástica de Cristo, que se agiganta.

      Em toda a Bíblia, não há uma declaração de imunidade àqueles que seguem a Cristo, mas há uma declaração do próprio Jesus “E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.” - Mateus 28:20. Os golpes da vida podem vir, mas nossa esperança está firme naquele que está conosco nesta vida e por toda a Eternidade. Aquele que segue a Jesus sabe que com Ele há ordem no caos e tranquilidade. E quando chegar a hora de enfrentarmos o grande golpe final, podemos ter a certeza de que iremos partir para nos encontrarmos com Ele.

sábado, 5 de maio de 2012

O SACRIFÍCIO DO AMOR


      Um jovem soldado, por uma ofensa, foi condenado à pena de morte e a hora indicada para sua execução foi o momento do toque de descanso.

      Naturalmente tal morte teria sido terrível na primavera da juventude; mas a morte desse desventurado jovem foi duplamente terrível, porque ia logo casar-se com uma senhorita a quem amava muito.

      A jovem, que o amava tão ardentemente, fez tudo quanto pôde para evitar sua morte; foi suplicar ao juiz e ainda foi ver Cromwell, o grande general, rogando-lhes que anulassem a pena de morte, mas tudo em vão. Em sua desesperada condição procurou persuadir e subornar o sineiro para que não desse o toque de descanso, mas isto tão pouco teve êxito.

      Aproximou-se a hora da execução e todos os preparativos foram feitos. O oficial tomou o criminoso e o levou para o lugar determinado, ficando à espera de que se fizesse o sinal pura o toque de descanso.

      Todos ficaram pasmados porque o sino não soou; só um ser humano sabia o motivo daquilo. A pobre senhorita, meio louca de desespero, pensando na terrível situação do noivo, havia subido à escada da torre, até onde ficava o sino e se agarrou ao badalo com toda a sua força. O sineiro estava no seu lugar à hora de costume, puxou a corda que pendia do sino e este começou a bambolear.

      A valente jovem agarrou-se com mais força ao badalo e era sacudida juntamente com o sino. A cada movimento parecia-lhe que iria ser atirada pela janela da torre. Toda vez que o sineiro puxava a corda, a jovem ainda que naquela desesperada condição, mais se agarrava ao badalo, mesmo que suas mãos estivessem doridas e sangrentas, e a sua força, se esgotando. Por fim, o sineiro se foi, satisfeito de haver cumprido o seu dever. Sendo velho e surdo não notou que o sino não havia tangido. A valente moça desceu a escada, ferida e trêmula, e apressadamente foi do templo ao lugar da execução.

      O próprio Cromwell estava ali, e no momento que ia mandar alguém saber o motivo do silêncio do sino, ela o viu, e sua fronte, antes pálida e triste, brilhou com esperança e valor. Contou o que havia feito e lhe mostrou suas mãos e faces ensanguentadas; embora desfalecida pela profunda angústia, encheu-se-lhe o coração de piedade e uma luz deslumbrou-lhe os olhos.
   
   – Vá embora – exclamou Cromwell –, o toque de descanso não soará esta noite.
      
      Pensa você que este jovem, redimido da condenação da lei pelo sacrifício do amor, consideraria difícil qualquer serviço ou sacrifício que fizesse por quem o havia salvo de uma morte segura? De nenhuma maneira; ele teria posto sua vida no altar do sacrifício por ela.
    
      Escutai outra história, de um amor mais glorioso. A cena se deu no Calvário: Jesus, o filho de Deus, estava na cruz. A fronte, uma vez coroada com glória, agora está coroada de espinhos; as mãos uma vez estendidas para feitos de amor, de misericórdia, agora estão cravadas cruelmente na cruz. O coração, que uma vez palpitava e se compadecia das tristezas da humanidade, está atravessado pela lança que derramou seu precioso sangue. Oh! que triste momento na história do mundo! Ele tremeu, as montanhas estremeceram, o sol se escondeu, a pobre humanidade caiu na escuridão porque o Filho do Homem estava moribundo.
Escutai: "Está consumado!" O grande plano da redenção, nascido no amor de Deus, agora recebeu o último toque para cumpri-lo e Deus e o mundo se encontram reconciliados.

      Ó amigos! Isto foi por nós! Correspondamos, não somente com nosso coração, e nossa vida, mas também com tudo que temos para glorificar ao Filho e estender Seu reino de polo a polo.